Timon registra doze casos de bullyng

Entre as principais vítimas
estão crianças na faixa etária dos 10 a 12 anos, em fase de desenvolvimento
para a adolescência

                                                                                                                                 Fonte: Meionorte

O bullying, agressão física ou psicológica que é feita de forma
intencional e repetidas vezes, é um dos tipos de violência que mais crescem no
mundo e não seria diferente em cidades como Timon. Com população superior a 150
mil habitantes registraram-se no ano passado 12 casos que tiveram de ser acompanhada
pelo Conselho Tutelar do município, uma média de um caso por mês. De acordo com
o órgão, até 2010 nenhum caso havia sido registrado na cidade.

O aumento de denúncias se deve sobretudo ao conhecimento das
pessoas com relação à prática. Campanhas que orientam e informam sobre o
bullying no âmbito nacional tiveram papel fundamental para isso. É o que
explica a coordenadora do Conselho Tutelar de Timon, Francilane Alves da Silva.

“Não é que não existissem práticas nos anos anteriores. Como
o bullying, que é uma violação de direitos da criança e adolescente, não estava
tão no auge, talvez por esse motivo não tenha chegado a nosso conhecimento
outros casos”, explica.

A denúncia, que na maioria das vezes chega ao Conselho, através
dos pais, já tem tomado dimensões maiores e em alguns casos necessita até mesmo
ser direcionado ao Ministério Público. “A grande maioria conseguimos
resolver no próprio CT, mas houveram casos de consequências mais graves, onde
chegaram a ser encaminhados. Crianças com psicológico abalado, precisando fazer
tratamento psiquiátrico. Às vezes a gente acha que é brincadeira de criança,
mas muitos dos jovens agressores não tinham noção do que estava causando àquela
vitima”, ressalta.

Entre as principais vítimas estão crianças na faixa etária dos 10
a 12 anos, em fase de desenvolvimento para a adolescência. Por sua vez, jovens
agressores agem em grupo, muitas vezes da mesma idade. E as práticas não se
resumem a uma chacota feita frente à vítima.

O cyberbullying, quando a agressão passa a ser feita também via
internet através de redes sociais e outras ferramentas tem ganhado maior
dimensão, onde os agressores expõem a vítima a uma quantidade maior de pessoas.
Em muitos casos, devido á facilidade do anonimato, as agressões chegam a ser
até mais graves que as feitas pessoalmente.

“As vítimas são bem variadas e os agressores agem em grupo.
Não é só uma pessoa e sim um grupinho de amigos de três, quatro que cismam da
vítima. Pode ser feito através de ligação de celular, mensagem, na internet,
através de email, messenger, Facebook. Isso está cada vez mais comum. As
chacotas que fazem pessoalmente estendem aos meios de comunicação”, afirma
a coordenadora do Conselho Tutelar de Timon.




Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *