Para Rubens Jr. saída de comandantes das Forças Armadas revela isolamento de Bolsonaro

O Secretário de Articulação Política do Maranhão, deputado federal Rubens Jr, reagiu a saída dos líderes do Exército, Marinha e Aeronáutica, nesta segunda-feira (30), como uma tentativa de Bolsonaro de aumentar a interferência sobre as Forças Armadas.

Os três comandantes (Edson Leal Pujol – Exército, Ilques Barbosa – Marinha e Antônio Carlos Bermudez – Aeronáutica) deixaram claro com a renúncia, que não dariam um passo que pudesse contrariar a Constituição ou caracterizar interferência nos outros Poderes, o Legislativo e o Judiciário.

Rubens avalia que o movimento dos comandantes aumenta o isolamento de Bolsonaro num momento em que ministros têm se afastado do governo.

“A saída tríplice dos comandantes das forças armadas nunca tinha acontecido antes. De alguma forma foi uma reação porque Bolsonaro tenta aparelhar ainda mais as forças armadas, às vésperas do aniversário dos 57 anos do golpe da Ditadura Militar”, disse o secretário

A atitude de interfência do presidente que culminou com o pedido de demissão tripla, relembra o que ocorreu quando o então ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, pediu demissão do cargo alegando a tentativa do presidente de interferência ilegal na Polícia Federal (PF).

Bolsonaro já vinha cobrando manifestações políticas favoráveis a interesses do governo e apoio à ideia de decretar Estado de defesa para impedir o fechamento das atividades não essenciais no país. Além disso, o presidente falava publicamente em “meu Exército”, colocando as Forças Armadas numa situação embaraçosa.

“Ainda bem que teve resistência [no período da Ditadura Militar] e o Bolsonaro está ficando cada vez mais sozinho”, finalizou Rubens.

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