Polícia Civil prende acusado com 517 cartões, usados para fraudar a Previdência Social

Foi apresentando hoje pela manhã, no auditório do Centro Integrado de
Operações de Segurança (CIOPS),  o acusado André Lemos da
Silva. Ele fora preso pelo envolvimento em confecção e falsificação de cartões
da Previdência Social. A sua prisão aconteceu no bairro do Turu, após investigações
e monitoramento, onde fora apreendido com o criminoso maquinários para a
fabricação dos cartões falsos, e cerca de 517 cartões, sendo que 172 deles
estavam ativos e sendo usados de forma criminosa.
As informações  sobre a prisão
de André Lemos da Silva, se deu através de investigações realizadas a cerca de
três meses, pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC),
por meio do Departamento de Investigações de Crimes Tecnológicos. Os policiais
da SEIC descobriram que o acusado estava advindo de Brasília e ao desembarcar
no aeroporto Cunha Machado, fora seguido até o bairro do Turu. No local ele foi
abordado e detido e encontrado diversos maquinários usados na ação delituosa.
A
Delegada Geral Adjunta de Polícia Civil Adriana Amarante, informou que “O suspeito estava realizando um crime
de estelionato perpetrado contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O criminoso foi denunciado por conta de diversas
denúncias, sucedendo na sua prisão. A Polícia Federal foi informada sobre a
importante prisão, no sentido de coibir os crimes contra a Previdência
Social.  A Polícia Federal prosseguirá as investigações no sentido de
identificar outros envolvidos. Quero parabenizar a Polícia Civil pelo serviço
realizado pela SEIC, culminando na prisão do acusado”, ponderou a delegada
adjunta.
Crimes
contra a Previdência Social
O
superintendente da Seic Thiago Bardal ressaltou, que há cerca de três meses, a
Seic já vinha investigando o André Lemos da Silva. Ele já fora preso em 2012 no
município de Bacabal, por falsificação de cartões e tinha ainda um Mandado de
Prisão pela Comarca de Bacabal. Nesta terça-feira (14), os investigadores
sabendo previamente que ele estava chegando em São Luís, realizou um
monitoramento finalizando até o bairro do Turu. No local que funcionava como um
laboratório fora encontrado 517 cartões, sendo que destes, 172 cartões estavam
ativos e sendo usados de forma a fraudar o INSS. Segundo o que investigamos,
cada um dos cartões era usado para o recebimento de um salário mínimo, no valor
de R$ 937 reais. Esses valores em um mês somavam R$ 160 mil por mês, e
anualmente a um valor de cerca de R$ 2 milhões de reais, um prejuízo muito
grande para a previdência social.
Thiago
Bardal reiterou ainda, que o falsificador agia da seguinte forma, “O André
Lemos da Silva escolhia o “benefício espécie 88”, do INSS. Este é um benefício
de amparo assistencial ao idoso. Quando o beneficiário vem a falecer, o
benefício é instinto. O acusado André Lemos que possui corretores tanto na
capital como no interior, sabendo da morte de um beneficiário, procurava a
família e comprava o cartão e as senha pelo valor de R$2 mil reais. Realizando
as fraudes e usando cartões falsos, o André continuava a receber o benefício do
falecido. Quando chegava a data de renovação do benefício, o acusado realizava
uma forma de falsificar a documentação do falecido. Novamente, o André Lemos
falsificava o benefício. Ele emitia um novo RG, com o nome do falecido e
colocava uma foto de um idoso laranja. Este idoso se passando pelo falecido, se
dirigia até uma instituição financeira e renovava o benefício. Assim ele
recebia o benefício por mais um ano. Após a prisão de André Lemos, o flagrante
fora comunicado à instância Federal. No momento da sua prisão foi encontrado
com ele, três documentos falsos, constando o seu nome, mas de formas
diferentes. Ele foi autuado pelos crimes previstos no Artigo 298.1, por
clonagem de cartão, furto qualificado mediante fraude, falsificação de cartões
e uso de documento falso” finalizou.
Laboratório
para fraudar o INSS

No
laboratório localizado no bairro do Turu, fora encontrado comprovantes de
residência em branco, papel moeda de RG em branco, impressoras para confecção
do cartão Magnético e impressoras diversas e ainda material de apoio para a
confecção dos cartões. Presente ainda na coletiva, o delegado Odilardo Muniz
que coordena o Departamento de Investigações de Crimes Tecnológicos informou
que “André Lemos teria adquirido o maquinário e softs para a ação criminosa.
Foi contabilizado que o criminoso teria fraudado a previdência na ordem de de 2
milhões por ano, o prejudica a todos os contribuintes da previdência Social. As
pessoas que vendiam as informações também responderão na Justiça pelos crimes”,
sinalizou o delegado.

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