A Mesa Diretora da Câmara
Municipal de São Luís, em nome dos seus 31 vereadores, vem a público lamentar o
falecimento do ex-prefeito João Castelo (PSDB), ocorrido na manhã deste
domingo, dia 11 de dezembro de 2016.
Municipal de São Luís, em nome dos seus 31 vereadores, vem a público lamentar o
falecimento do ex-prefeito João Castelo (PSDB), ocorrido na manhã deste
domingo, dia 11 de dezembro de 2016.
— Castelo foi um homem público digno, que honrou a cidade de São Luís, o
estado do Maranhão e o Brasil. Sua morte deixa uma lacuna irreparável. Em nome
de todos os vereadores, prestamos nossas homenagens e nos solidarizamos com a
família e amigos desta figura ímpar da política maranhense neste momento
difícil. Somente Deus para confortar os familiares e amigos neste momento de
insuportável dor — diz o vereador Astro de Ogum (PMN), presidente da
Câmara Municipal de São Luís.
BIOGRAFIA
Filho de Tales do Amarante Ribeiro Gonçalves e Maria Antonieta Cruz Ribeiro
Gonçalves, João Castelo nasceu no município maranhense de Caxias em 19 de
outubro de 1937. Era técnico em administração registrado no respectivo Conselho
Federal e foi assistente de gabinete do então prefeito Carlos Vasconcelos em
São Luís até ser efetivado como funcionário do Banco da Amazônia em 1956,
chegando a ocupar uma de suas diretorias antes de ingressar na política.
Castelo estava no seu quinto mandato de deputado federal. Antes disso, tinha sido
prefeito de São Luís, além de governador do Maranhão e senador pelo referido
estado.
TRAJETÓRIA
Filiado à ARENA elegeu-se deputado federal em 1970 e 1974 e graças ao sistema
de eleições indiretas foi escolhido governador do Maranhão em 1978 pelo presidente
Ernesto Geisel, cuja opção evitou um confronto entre as facções arenistas de
José Sarney e Nunes Freire. Como titular do Palácio dos Leões enfrentou greves
e manifestações estudantis na capital do estado contra o aumento das passagens
de ônibus num movimento que culminou com o anúncio da meia-passagem.
Filiado à ARENA elegeu-se deputado federal em 1970 e 1974 e graças ao sistema
de eleições indiretas foi escolhido governador do Maranhão em 1978 pelo presidente
Ernesto Geisel, cuja opção evitou um confronto entre as facções arenistas de
José Sarney e Nunes Freire. Como titular do Palácio dos Leões enfrentou greves
e manifestações estudantis na capital do estado contra o aumento das passagens
de ônibus num movimento que culminou com o anúncio da meia-passagem.
Com a extinção do bipartidarismo ingressou no PDS e por esta legenda foi eleito
senador em 1982. Na sucessão do presidente João Figueiredo, votou em Paulo
Maluf no Colégio Eleitoral em 1985 embora o vencedor tenha sido Tancredo Neves
numa chapa onde José Sarney era vice-presidente e este assumiu o Planalto com a
doença e morte do titular. Lançado à oposição, o PDS elegeu a esposa de
Castelo, Gardênia Gonçalves, à prefeitura de São Luís no mesmo ano, embora o
próprio João Castelo tenha perdido a eleição para governador em 1986 numa
disputa com Epitácio Cafeteira. Em 1989 ingressou no PRN apoiou a candidatura
vitoriosa de Fernando Collor à presidência da República e dele recebeu apoio
para voltar ao governo do Maranhão em 1990, entretanto foi derrotado por Edison
Lobão em segundo turno.
Filiado a partidos que antecederam o atual PP, foi derrotado ao disputar um
mandato de senador em 1994 e a prefeitura de São Luís em 1996. Após migrar para
o PSDB perdeu novas eleições à prefeitura da capital maranhense em 2000, 2004 e
2012 e para o Senado Federal em 2006. Por outro lado foi eleito deputado
federal em 1998, 2002 e 2014 e prefeito da capital maranhense em 2008.