Na
entrevista coletiva em que apresentou ao mundo as vísceras da corrupção na
Fifa, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos mostrou, didaticamente, o
que pode ser chamado de fluxograma da propina, que, se as investigações
avançarem no Brasil, pode atingir em cheio as Organizações Globo, da família
Marinho.
entrevista coletiva em que apresentou ao mundo as vísceras da corrupção na
Fifa, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos mostrou, didaticamente, o
que pode ser chamado de fluxograma da propina, que, se as investigações
avançarem no Brasil, pode atingir em cheio as Organizações Globo, da família
Marinho.
O esquema
é de fácil compreensão e trata-se basicamente de uma reação de corrupção em
cadeia: os organizadores de um evento de futebol, seja a própria Fifa, ou as
confederações dos continentes, regionais ou até nacionais, como a CBF, são quem
primeiro detêm os direitos de transmissão e marketing dos eventos. Para comprar
esses direitos, empresas de Marketing Esportivo, como a Traffic Group, do
brasileiro José Hawilla, pagavam milhões às confederações, e outros milhões de
dólares em propina para os dirigentes das entidades.
é de fácil compreensão e trata-se basicamente de uma reação de corrupção em
cadeia: os organizadores de um evento de futebol, seja a própria Fifa, ou as
confederações dos continentes, regionais ou até nacionais, como a CBF, são quem
primeiro detêm os direitos de transmissão e marketing dos eventos. Para comprar
esses direitos, empresas de Marketing Esportivo, como a Traffic Group, do
brasileiro José Hawilla, pagavam milhões às confederações, e outros milhões de
dólares em propina para os dirigentes das entidades.
De acordo
com o esquema desenhado pelo governo americano, as empresas de marketing
esportivo, de posse dos direitos de transmissão de campeonatos
importantes, como a Copa do Mundo, Libertadores, Copa América ou até a Copa do
Brasil, revendia-os aos grupos de comunicação e patrocinadores, que também
pagavam propina às empresas para fecharem os contratos.
com o esquema desenhado pelo governo americano, as empresas de marketing
esportivo, de posse dos direitos de transmissão de campeonatos
importantes, como a Copa do Mundo, Libertadores, Copa América ou até a Copa do
Brasil, revendia-os aos grupos de comunicação e patrocinadores, que também
pagavam propina às empresas para fecharem os contratos.
Não é
novidade para os brasileiros que as Organizações Globo detêm há décadas o
monopólio na transmissão de eventos internacionais de futebol. Só da Copa do
Mundo, a parceria com a Fifa vem desde o mundial de 1970. Todos os campeonatos
em que foi identificado pelo FBI o pagamento e recebimento de propina, a
emissora da família Marinho é a transmissora oficial no Brasil (leia aqui reportagem
do sobre o assunto).
novidade para os brasileiros que as Organizações Globo detêm há décadas o
monopólio na transmissão de eventos internacionais de futebol. Só da Copa do
Mundo, a parceria com a Fifa vem desde o mundial de 1970. Todos os campeonatos
em que foi identificado pelo FBI o pagamento e recebimento de propina, a
emissora da família Marinho é a transmissora oficial no Brasil (leia aqui reportagem
do sobre o assunto).
Segundo a
secretária de Justiça dos EUA, Loreta Lynch, a corrupção em jogos comandados
pela Fifa e suas confederações subalternas existe de forma “sistêmica e
desenfreada” há pelo menos 24 anos.
secretária de Justiça dos EUA, Loreta Lynch, a corrupção em jogos comandados
pela Fifa e suas confederações subalternas existe de forma “sistêmica e
desenfreada” há pelo menos 24 anos.
Se a
Globo é dona soberana dos direitos de transmissão no Brasil dos principais
eventos mundiais do futebol desde os anos 70, e mantém relações empresariais
com o pivô do escândalo, o brasileiro J. Hawilla, dono da maior afiliada da
emissora, a TV TEM, e réu confesso de crimes de extorsão, fraude eletrônica e
lavagem de dinheiro, fica difícil acreditar no editorial do “Jornal da
Globo” de quarta-feira 27 de que “não pesam acusações ou suspeitas
sobre as empresas de mídia de todo o mundo que compraram desses intermediários
os direitos de transmissão”.
Globo é dona soberana dos direitos de transmissão no Brasil dos principais
eventos mundiais do futebol desde os anos 70, e mantém relações empresariais
com o pivô do escândalo, o brasileiro J. Hawilla, dono da maior afiliada da
emissora, a TV TEM, e réu confesso de crimes de extorsão, fraude eletrônica e
lavagem de dinheiro, fica difícil acreditar no editorial do “Jornal da
Globo” de quarta-feira 27 de que “não pesam acusações ou suspeitas
sobre as empresas de mídia de todo o mundo que compraram desses intermediários
os direitos de transmissão”.
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