Missão de conter CPI recai nos ombros de Graça

O líder do PT no Senado,
Humberto Costa, informou, nesta quarta-feira (26), que acertou as datas nas
quais a presidente da Petrobras, Graça Foster, e o ministro de Minas e Energia,
Edison Lobão, darão explicações aos senadores sobre a compra da refinaria de
Pasadena. Foster participará de audiência dia 8 de abril e o ministro no dia
15. O governo espera que a ida da presidente da petrolífera seja capaz de
conter o movimento pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) sobre o caso. 

De acordo com informação do
jornalista Gerson Camarotti, da Globo, foi preciso um ultimato para que Graça
Foster decidisse aceitar o convite das comissões. Ela estaria argumentando que
queria mais tempo para ter todas as informações necessárias. Foi então que o
líder do PT no Senado telefonou para a presidente da Petrobras e, de forma
enfática, a exortou a comparecer. “A situação aqui está muito difícil. Já
são 22 assinaturas para a CPI da Petrobras. Se você não aceitar vir como
convidada, virá convocada”, disse do outro lado da linha o senador. Antes,
Humberto Costa telefonou para o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, mas
o ministro jogou a bola para Graça Foster. “Só vou para o Senado depois que
a Graça der todas as explicações sobre a Petrobras”, disse Lobão.

À imprensa, o senador
Humberto Costa disse que as comissões de Meio Ambiente e Fiscalização e
Controle e a de Assuntos Econômicos, que aprovaram os convite a Lobão e
Foster ,”terão toda a liberdade” para indagá-los sobre Pasadena.
O petista disse ter “absoluta certeza” de que a presidente da Petrobras e o
ministro vão esclarecer “quaisquer dúvidas”. O ministro da Fazenda, Guido
Mantega e ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, envolvido
na compra da Refinaria de Pasadena também foi convidado pela comissão de
Fiscalização Financeira e Controle.

Humberto Costa disse que o
PT “fechou questão” sobre o assunto. Para o partido, “nada adiantará a
instalação de uma CPI ou de uma CPMI para investigar a Petrobras, a não ser
para a disputa que a oposição pretende fazer e que por isso busca
desesperadamente um palco para fazê-lo”.

 

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