O Bolinha |
Uma carta escrita a mão por
Júnior Bolinha – apontado como o homem que arregimentou os assassinos que deram
cabo da vida do jornalista Décio Sá em abril do ano passado – seria o trunfo
que a defesa dos acusados tem para inocentar seus clientes.
Júnior Bolinha – apontado como o homem que arregimentou os assassinos que deram
cabo da vida do jornalista Décio Sá em abril do ano passado – seria o trunfo
que a defesa dos acusados tem para inocentar seus clientes.
No manuscrito, datado de 20
fevereiro de 2013, Bolinha traz o que seria uma informação nova: o verdadeiro
mandante da morte do jornalista seria o empresário Marcos Regadas, dono da
construtora Franere. E o crime teria sido tramado no restaurante Grand Cru, no
Cohajap, hoje já desativado (veja).
fevereiro de 2013, Bolinha traz o que seria uma informação nova: o verdadeiro
mandante da morte do jornalista seria o empresário Marcos Regadas, dono da
construtora Franere. E o crime teria sido tramado no restaurante Grand Cru, no
Cohajap, hoje já desativado (veja).
Mas a pergunta que se deve
fazer é: dá para acreditar no que diz, agora, Júnior Bolinha?
fazer é: dá para acreditar no que diz, agora, Júnior Bolinha?
Senão, vejamos: a carta que
ele encaminha ao secretário de Estado da Segurança Pública, Aluísio Mendes, foi
redigida em fevereiro. Já em junho, quatro meses depois, o mesmo Bolinha
prestou depoimento ao juiz Márcio Brandão, então respondendo pela 1ª Vara do
Tribunal do Júri, e nada disse sobre o assunto.
ele encaminha ao secretário de Estado da Segurança Pública, Aluísio Mendes, foi
redigida em fevereiro. Já em junho, quatro meses depois, o mesmo Bolinha
prestou depoimento ao juiz Márcio Brandão, então respondendo pela 1ª Vara do
Tribunal do Júri, e nada disse sobre o assunto.
Ao contrário, curiosamente,
usou como linha de defesa a mesma adotada por Gláucio Alencar, tentando
incriminar o empresário Pedro Teles, de Barra do Corda (reveja).
usou como linha de defesa a mesma adotada por Gláucio Alencar, tentando
incriminar o empresário Pedro Teles, de Barra do Corda (reveja).
A verdade é que essa tese
de envolvimento de “um grande empresário do ramo da construção civil” já era
construída desde o ano passado, pelo próprio Júnior Bolinha. Ele várias vezes
ameaçou até gravar um vídeo na prisão contando “detalhes da trama”.
de envolvimento de “um grande empresário do ramo da construção civil” já era
construída desde o ano passado, pelo próprio Júnior Bolinha. Ele várias vezes
ameaçou até gravar um vídeo na prisão contando “detalhes da trama”.
Nunca o fez.
Agora, que percebeu que a
acusação é mais consistente do que todos os envolvidos imaginavam, deixa vazar
à imprensa uma carta de quatro meses atrás.
acusação é mais consistente do que todos os envolvidos imaginavam, deixa vazar
à imprensa uma carta de quatro meses atrás.
O problema é falto de
credibilidade de uma informação como essa tornada pública por conveniência de
um acusado, quando ele mesmo teve todas as oportunidades de falar sobre o
assunto na presença de um juiz, de um promotor e de toda a imprensa.
credibilidade de uma informação como essa tornada pública por conveniência de
um acusado, quando ele mesmo teve todas as oportunidades de falar sobre o
assunto na presença de um juiz, de um promotor e de toda a imprensa.
É, no mínimo, muito
estranho…
estranho…
Fonte: Blog do Gilberto Léda