Polícia identifica monstro suspeito de assassinar menina de 10 anos no Jota Lima

A
Polícia Civil já identificou um dos suspeitos de ter degolado e arrancado a
língua da menina Gabrielle da Silva Coelho, de 10 anos, crime ocorrido na tarde
de terça-feira (25), no bairro Jota Lima, município de São José de Ribamar.
Segundo a Delegacia de Homicídios (DH) de São Luís, o autor do crime bárbaro
que chocou a população pode ter sido o presidiário Elinaldo dos Santos, o
Zenaide, de 30 anos, que no último dia 5 fugiu da cadeia.

O
nome do detento foi confirmado como um dos suspeitos pelo delegado Jeffrey
Furtado, titular da DH. “Zenaide é apenas um dos investigados neste crime
bárbaro. Ele é conhecido tanto da polícia quanto daquela comunidade como um
estuprador perigoso, contumaz na prática deste crime, não só naquela área como
também nos bairros do Jardim Tropical e Cidade Operária. Outras pessoas
próximas à vítima também são investigadas”, disse o delegado.

Menina foi assassinada por um monstro que
a polícia deixou solto nas ruas
Para
o leitor que não lembra, Zenaide havia sido preso em setembro de 2009, naquele
mesmo bairro, em operação conjunta de policiais da Delegacia Especial do
Maiobão, e da então Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic),
acusado de estuprar uma adolescente de 15 anos, no município de Paço do Lumiar.
Na época, o criminoso confessou na delegacia ter violentado sexualmente duas vítimas
no bairro Jota Lima, uma delas no dia anterior.

Na
ocasião, Zenaide contou detalhes do crime que havia praticado. “Esperei
ela [a vítima] voltar da escola, por uma rua escura. Eu a levei à força para um
matagal, no quintal de uma casa abandonada”, disse o estuprador à equipe
de policiais civis, enquanto era conduzido para a delegacia especializada, na
época localizada na Avenida Beira-Mar, onde disse ter saído do Complexo
Penitenciário de Pedrinhas havia dois meses.

Fugitivo

Segundo
a Secretaria de Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap), Elinaldo dos
Santos foi um dos presos que participaram da fuga da Unidade Prisional de
Ressocialização (UPR) do bairro Olho d´Água, no início da tarde do dia 5. Ele e
o cúmplice, identificado como Jhonny Jefferson Ribeiro Soares (recapturado no
dia seguinte), teriam serrado as grades da cela da área chamada “banho de
sol” e pulado o muro do presídio.

Segundo
a polícia, Zenaide foi apontado como um dos suspeitos pela própria vizinhança
da menina Gabrielle, uma vez que este já praticou outros estupros na localidade.
Sobre a possibilidade de violência sexual contra a criança, o chefe das
investigações disse que ainda aguarda o resultado da perícia. “A vítima
foi encontrada na sala, sobre uma poça de sangue, porém, vestida; o que não
significa dizer que não houve estupro”, explicou Furtado.

“Estamos
aguardando o resultado do laudo cadavérico, e de conjunção carnal, do Instituto
de Criminalística [Icrim] para saber se houve ou não violência sexual. Assim
como temos o nome do Zenaide, temos outros nomes, inclusive de pessoas próximas
à vítima, que estão sendo investigadas. Vamos ouvir cada uma delas, e trabalhar
de forma cautelosa para não prender inocentes, tampouco deixar solto o
verdadeiro culpado”, concluiu o titular da DH.

Enterro

O
corpo de Gabrielle da Silva Coelho foi encontrado por volta das 15h de
terça-feira, na sala de sua casa, na Rua 15 da Vila Jota Lima, pelo tio,
identificado como Paulo Soares da Silva, que havia prometido comprar um DVD
para a sobrinha, e quando retornou para casa a achou com um profundo golpe no
pescoço, e com a língua arrancada. A menina, segundo a Polícia Civil, estava
sozinha, pois, por estar de férias, e sua mãe, Josilene Soares da Silva, havia
saído para o trabalho. A Delegacia de Homicídios (DH) tem 30 dias para
desvendar o mistério que envolve a autoria da morte da criança.

 

 

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