Sete pessoas são presas por tráfico de drogas em três municípios no Ma

Com informações do G1 MA

As
polícias civil e militar intensificaram o combate ao tráfico de drogas e
prenderam sete pessoas, suspeitas de tráfico de drogas em três municípios
diferentes do Maranhão nos últimos dias. A droga mais apreendida foi o crack.

Em Santa
Inês, a 250 quilômetros de São Luís, um homem de 34 anos e uma jovem de 18
foram detidos no início da semana, após um mês de investigações. O flagrante
ocorreu no bairro Sabbak, onde a polícia apreendeu cinco papelotes de crack em
poder da jovem, e mais oito, encontrados no guarda-roupa do suspeito.

Em
Grajaú, um homem de 55 anos foi preso no último fim de semana. O suspeito foi
abordado no povoado Alto Brasil, na rodovia MA-226, a 40 quilômetros de Grajaú.
Com ele, foram apreendidos aproximadamente 2,5 kg de maconha. Em depoimento, o
suspeito relatou que adquiriu a droga de um indígena na aldeia São Pedro dos
Cacetes, como forma de pagamento por um corte de arroz.

Em
Alcântara, a 414 quilômetros de São Luís, uma ação da polícia civil prendeu
cinco pessoas sob, suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. Três
homens e uma mulher foram detidos e dois revólveres, três armas brancas, quase
20 “cabeças” de crack, cerca de R$ 5 mil, um veículo e seis celulares
foram apreendidos.

Graça Paz pede agilidade na construção de estrada que liga o município de Bequimão a Central do Maranhão

“A maior
prioridade para desenvolver uma região, com certeza, é a construção e a
melhoria da malha viária”.

Na sessão desta terça-feira (29), a deputada Graça Paz (PDT) cobrou, em caráter
de urgência, a construção do trecho de estrada que liga o município de Bequimão
a Central do Maranhão, que tem aproximadamente 35 km a 40 km de extensão,
incluindo uma ponte de mais ou menos de 300 metros sobre o Rio Pericumã. “Essa
obra encurtará, que eu tenho certeza de que ela vai ser realizada, a distância
em cerca de 90 km para quem utiliza ferry-boat e se desloca a um dos nove
municípios do Litoral Norte Maranhense”, assegurou.

Na avaliação da parlamentar, “a maior prioridade para desenvolver uma
região, com certeza, é a construção e a melhoria da malha viária”, e admitiu
que nesses últimos governos muitas estradas foram construídas, como
recentemente foram inauguradas as estradas de Porto Rico do Maranhão e
Apicum-Açu, dois dos maiores produtores de peixe e camarão do Estado, que eram
extremamente prejudicados por não possuírem vias de acesso adequadas para o
escoamento de suas produções.

Graça Paz anunciou que já deu entrada a um requerimento que vai ser
encaminhado ao secretário de Infraestrutura do Estado, Marx Barros, pedindo
informação de como se encontra a estrada que liga Bequimão a Central do
Maranhão.

“E, posteriormente, vou inclusive pedir aos deputados, principalmente
àqueles da Baixada, desses municípios que eu cito, para que se juntem comigo,
para chegarmos até a governadora para pedir essa estrada que é de grande
importância para mais de 150 mil habitantes que esperam por esse benefício
nesses nove municípios do Litoral Norte Maranhense”, destacou Graça Paz.

Polícia prende homicida em Santa Inês

Policiais
militares, lotados no 7° BPM de Santa Inês, efetuaram na segunda-feira (28), a
prisão de um homem sob a acusação de ter praticado três homicídios no Maranhão.

João Luis
Serejo, de 50 anos, foi preso a partir de informações repassadas à guarnição da
PM, por meio de denúncias anônimas, de que ele estaria fugindo para o estado do
Pará.

Na
delegacia foi constatado que, em desfavor de João Serejo, existe um mandado de
prisão da cidade de Monção, por ele ter cometido três homicídios, sendo um na
cidade de Penalva e dois em Monção. O último crime praticado por ele ocorreu no
mês de março, e teve como vitima o seu próprio sobrinho.

Após
apresentação na Delegacia Regional de Santa Inês, João Luis Serejo foi
conduzido para a Delegacia de Monção, onde ficará à disposição da Justiça até a
conclusão das investigações.

Governo prepara a fusão do PIS e Cofins

Após
comandar mudanças na remuneração na caderneta de poupança, a presidente Dilma
Rousseff prepara uma ampla reforma para unificar dois dos mais importantes
tributos cobrados no País: as contribuições para o Financiamento da Seguridade
Social (Cofins) e o Programa de Integração Social (PIS).

Segundo
informações da Folha, a simplificação do pagamento desses tributos foi um
pedido apresentado pelo empresário Jorge Gerdau em nome do Movimento Brasil
Competitivo. A proposta já foi levada à análise da presidente na sexta-feira
passada pelos secretários Nelson Barbosa (executivo da Fazenda) e Carlos
Alberto Barreto (Receita Federal).

A ideia é
criar um modelo que simplifique a complexa cobrança dos dois tributos, o que
facilitaria a fiscalização e o combate a fraudes.

O PIS e a
Cofins são tributos cobrados de formas cumulativa e não cumulativa. Na forma
não cumulativa, que é a mais nova e abrange a maioria das empresas, o que é
pago em uma etapa Hoje, na forma não cumulativa de cobrança (a mais
abrangente), somente determinados insumos definidos pelo governo geram créditos
que são usados pelas empresas para reduzir os pagamentos nas fases seguintes.

Segundo
apurou o Estado, a proposta ataca esse problema, ao garantir que todos os
insumos passarão a gerar crédito. A expectativa é que essa mudança simplificará
a vida não só das empresas, mas também da Receita, que terá mais facilidade em
fiscalizar. Isso só foi possível com a implantação da nota fiscal eletrônica.
Nela, haverá um campo específico para informar sobre a aquisição de insumos.

Alíquota. Há, porém, um problema que faz com
que Dilma esteja cuidadosamente preparando terreno para a mudança. Como haverá
maior geração de créditos tributários, é possível que seja necessário elevar a
alíquota do tributo. O nível deverá ficar acima dos 9,25% que hoje são cobrados
de quem está na sistemática não cumulativa.

O governo ainda não decidiu se o sistema cumulativo
será ou não mantido após a fusão dos dois tributos. O que já está certo é que
serão preservadas todas as desonerações de PIS-Cofins que o governo concedeu
nos últimos anos. Por essa razão, o ex-secretário da Receita Everardo Maciel
acha que não haverá a simplificação desejada: “É como querer emagrecer sem
abrir mão de uma dieta rica em gorduras.”

Vianey Bringel contesta denúncia feita contra a Prefeitura de Santa Inês

Dep. Vianey Bringel
A deputada Vianey Bringel (PMDB) declarou, na manhã
desta terça-feira (29), que não tem fundamento a denúncia de que existiria um
suposto esquema, na Prefeitura de Santa Inês, para favorecer seus familiares
com verbas oriundas de repasses financeiros do Sistema Único de Saúde (SUS).

Emocionada, a deputada disse que se sentiu ofendida
com a acusação, publicada em um blog de São Luís, mas que estará atenta e
vigilante para não deixar sem resposta nenhuma denúncia infundada que for feita
contra a sua pessoa e também contra a atual administração do município de Santa
Inês.

“Represento nesta Casa o povo do nosso Estado, em
especial o povo da nossa região, de modo que não posso deixar que questões
políticas pequenas, menores, típicas de disputas municipais, venham tentar
interferir ou macular a nossa reputação”, afirmou a deputada.

Ela explicou que fez questão de ir à tribuna para
dizer que não tem fundamento nenhum a informação, divulgada por um blog e
reproduzida por uma emissora de rádio de São Luís, acusando-a de ser
beneficiária de um suposto esquema fraudulento de verbas do SUS.

Explicando que integra uma família constituída de
médicos, em sua maioria, a deputada Vianey Bringel observou que há hoje uma
carência muito grande de médicos nos municípios do interior do Maranhão.

“Que há familiares meus que trabalham como médicos
em hospitais públicos da nossa região, não posso negar. Agora não posso é
aceitar denuncismo contra a deputada Vianey, porque aqui não é palanque de
disputas municipais. Não sou candidata a prefeita, meu marido não é e nenhum
parente meu. Portanto, não vou ficar calada diante de agressões gratuitas e
grosseiras”, frisou.

Esposa do atual prefeito de Santa Inês, Roberth
Bringel, a deputada Vianey foi enfática ao afirmar que irá contestar toda
acusação infundada que adversários fizerem contra a atual administração de
Santa Inês.

“Vim a esta tribuna para dar um esclarecimento, não
à população de Santa Inês, que me conhece, mas à população do Maranhão porque
não se podem ficar denegrindo pessoas ou fazendo campanha política através de
blogs, utilizando meios escusos, o que não é justo, nem ético nem elegante com
ninguém”.

Ao encerrar seu pronunciamento, a deputada voltou a
dizer que não pretende disputar a Prefeitura de Santa Inês e que seu marido
também não será candidato às próximas eleições:

“O nosso interesse, em relação à Prefeitura de
Santa Inês, é que uma pessoa de bem chegue ao poder e comande o nosso município
de uma forma correta. Sei que está vindo uma campanha política por aí, mas as
questões municipais devem ser resolvidas lá na base, e não trazer questões
menores para este Parlamento, que tem a função de discutir as grandes questões
do Maranhão”, ressaltou.

Comentário: “De boas intenções, o inferno está cheio”.

Comissão dá parecer favorável a projeto que veta venda de bebida alcoólica em ferryboat

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da
Assembleia Legislativa aprovou nesta terça-feira (29), projeto de lei de
autoria do deputado Marcelo Tavares (PSB), proibindo a venda de bebidas
alcoólicas no interior dos ferryboat em todo o Estado do Maranhão.

De acordo com o projeto, a violação da lei
implicará, inicialmente, na aplicação da penalidade de advertência.
Posteriormente, em caso de desobediência, será aplicada uma multa de R$ 20 mil.
No último caso, haverá o cancelamento da concessão pública da empresa de
ferryboat.

O projeto de lei ainda será levado à apreciação do
plenário da Assembleia.  

Tavares entende que o governo deve implantar a
acompanhar políticas públicas, voltadas para a prevenção e tratamento de danos
causados pelas bebidas alcoólicas. “Nossa intenção é diminuir os acidentes de
trânsito. Após o desembarque, os motoristas e motociclistas, embriagados,
colocam em risco suas vidas e a vida de terceiros”, afirmou.

Adiada negociações sobre a greve dos rodoviários

A rodada de negociações que estava prevista para
esta segunda-feira não aconteceu e foi marcada para terça-feira (29), às 10
horas, na Câmara Municipal de São Luís, entre rodoviários e empresários, para
mais uma tentativa de acordo. Os empregados reivindicam um aumento salarial de
16%.

O Tribunal Regional do Trabalho no Maranhão
informou nesta segunda-feira (28), que continua “em vigor a decisão que
declarou abusiva e ilegal a greve dos rodoviários”. Há mais de uma semana, a
Justiça Trabalhista determinou o imediato retorno às atividades, o que vem
sendo desrespeitado pela categoria. A greve começou no dia 15 deste mês, em São
Luís.

O TRT-MA determinou multa diária no valor de R$ 60
mil ao sindicato dos trabalhadores e de R$ 80 mil ao sindicato dos empregadores,
por desobediência à determinação de colocar os ônibus nas ruas. Desde sábado
(26) passado, apenas 50% da frota está em circulação. Antes, os 700 mil
usuários em São Luís sofreram com a paralisação total, que durou seis dias.

Comissão propõe que uso de drogas não seja mais crime

                                                                                                                                                          G1 

A
comissão de juristas constituída para elaborar o anteprojeto do novo Código
Penal aprovou nesta segunda-feira (28) a descriminalização de drogas ilícitas
para uso pessoal e a criação do crime de bullying, que no texto ficou
classificado como “intimidação vexatória”.

O
anteprojeto do Código Penal deve ser entregue até o final de junho ao Congresso
e depois será votado no Senado e na Câmara dos Deputados.

No caso
das drogas, o texto aprovado diz que a substância para uso pessoal será assim
classificada quando a quantidade apreendida for suficiente para o consumo médio
individual por cinco dias, conforme definido pela autoridade administrativa de
saúde.

Já o bullying,
de acordo com o texto, será configurado quando houver intimidação,
constrangimento, ameaça, assédio sexual, ofensa, castigo, agressão ou
segregação a criança ou adolescente. A pena é de prisão de um a quatro anos e
multa.

Drogas

De acordo
com o relator da comissão, Luiz Carlos Gonçalves, a quantidade de droga
tolerada para uso pessoal será definida de acordo com o tipo da substância.
Quanto maior o poder destrutivo da droga, menor a quantidade diária a ser
consumida.

“A
redação diz que depende do fato concreto, se a pessoa for surpreendida no ato
da venda não há dúvida, é tráfico. Cada droga terá a sua realidade e
discutiremos se haverá definição de drogas de maior potencial lesivo”,
explicou.

Na
proposta dos juristas, o tráfico de drogas pode ter pena de cinco a dez anos e
multa. Segundo o texto, vai incorrer em crime de tráfico aquele que “importa,
exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, tem
em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria,
insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas”.

As
pessoas que semeiam, cultivam ou fazem a colheita, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que sirvam para
matéria-prima para a preparação de drogas também poderão responder por tráfico
de drogas.

Haverá
descriminalização quando o agente “adquire, guarda, tem em depósito, transporta
ou traz consigo drogas para consumo pessoal; semeia, cultiva ou colhe plantas
destinadas à preparação de drogas para consumo pessoal”, segundo o texto aprovado.

Para
determinar se a droga realmente destinava-se a consumo pessoal, o juiz deverá
saber a natureza e a quantidade da substância apreendida, a conduta do
infrator, o local e as condições em que ocorreu a apreensão, assim como as
circunstâncias sociais e pessoais do consumidor de droga.

Os
juristas ainda incluíram um novo artigo ao anteprojeto do Código Penal para
criminalizar o uso ostensivo, mesmo que pessoal, de substância entorpecente em
locais públicos, nas mediações das escolas ou outros locais de concentração de
crianças ou adolescentes ou na presença deles.

Para esse
crime, a pena será de “advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de
serviços à comunidade e/ou medida educativa de comparecimento a programa ou
curso educativo”, de acordo com o texto do anteprojeto.

O relator
da comissão explicou que a comissão tinha dúvidas sobre a lei atual em vigor
que fala sobre drogas.

“Havia
uma dúvida até na doutrina, se o uso ou porte da substância entorpecente era
criminoso ou não. A comissão deu um passo e descriminalizou o porte para uso,
mas com uma exceção importante: se esse uso for ostensivo diante de uma escola,
um local de concentração de crianças e adolescentes será crime”, explicou
Gonçalves.

De acordo
com o texto, o uso compartilhado de droga vai ser penalizado. A pena pode ser
de seis meses a um ano de prisão e multa. Já aquele que induzir, instigar ou
auxiliar alguém ao uso indevido da droga poderá ter pena de seis meses a dois
anos de prisão.

Bullying

Os
juristas incluíram ao anteprojeto do Código Penal a criminalização do Bullying,
com o título de intimidação vexatória. Responderá por este crime aquele que
“intimidar, constranger, ameaçar, assediar sexualmente, ofender, castigar,
agredir, segregar a criança ou o adolescente, de forma intencional e reiterada,
direta ou indiretamente, por qualquer meio, valendo-se de pretensa situação de
superioridade, causando sofrimento físico, psicológico ou dano patrimonial”. A
pena para este crime, sugerida pela comissão, é de prisão de um a quatro anos e
multa.

Também
foi incluído ao código artigo que fala sobre a perseguição obsessiva. Para os
juristas, o ato de perseguir alguém de forma repetida reiterada ou continuada,
ameaçando a integridade física ou psicológica da pessoa, restringindo a
capacidade de locomoção ou de qualquer forma invadindo ou perturbando a sua
esfera de liberdade ou privacidade pode causar prisão de dois a seis meses e
multa.

Intervenção
médica sem consentimento

Além disso,
a comissão alterou o texto que fala sobre intervenção médica ou cirúrgica sem o
consentimento do paciente ou representante legal.

Segundo o
relator da comissão, a mudança aconteceu por solicitação de grupos religiosos.
Com a alteração, o paciente que for maior de idade e capaz poderá manifestar
sua vontade de não se submeter ao tratamento médico.

O texto
atual diz que a intervenção médica ou cirúrgica, se justificada por iminente
perigo de vida, pode acontecer sem o consentimento do paciente ou representante
legal.

Antônio Pereira pede batalhão da Polícia Militar para Açailândia

Antonio Pereira (DEM)
O deputado Antônio Pereira (DEM) protocolou
indicação na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa – já encaminhada ao
comandante da Polícia Militar do Maranhão, coronel Franklin Pacheco – pedindo a
instalação de um Batalhão de Polícia Militar (PM) no município de Açailândia,
localizada região Tocantina.

Para o democrata, o Batalhão – que deve substituir
a Companhia Independente da PMMA – é necessário por causa do grande crescimento
econômico e social, constatado em Açailândia nas últimas décadas que, consequentemente,
trouxe o lamentável aumento do índice de criminalidade no município.

Antônio acha que a imensa área territorial de
Açailândia também impõe a adoção de medidas, urgentes, para garantir a
segurança pública com maior eficiência. “A Companhia Independente não tem
condições estruturais para atender a população de Açailândia e dos municípios
vizinhos”, disse.

UPA

Outra indicação do deputado Antônio Pereira – já
encaminhado á governadora Roseana Sarney (PMDB) e ao Secretário de Estado de
Saúde, Ricardo Murad – pede a instalação de uma Unidade de Pronto Atendimento
(UPA), na Vila Ildemar, uma comunidade de cerca de 30 mil pessoas de
Açailândia.

Pereira lembra que a UPA foi prometida pela própria
governadora Roseana Sarney (PMDB), durante visita a Açailândia. A Unidade está
sendo projetada pela SES para atender urgência e emergência durante 24 horas,
nas especialidades de clínica médica e pediátrica.

O parlamentar informa que como as demais UPAs, a
Unidade de Açailândia oferecerá exames de Raio-X, eletrocardiograma (ECG),
eletroencefalograma e atendimentos que vão de casos de uma simples febre e dor
de cabeça, até infartos e acidente vascular cerebral (AVC).

Pelo menos 700 mil famílias ainda vivem em extrema miséria no Brasil

A maioria dos miseráveis invisíveis não estão nos
grotões das regiões Norte e Nordeste, como quase sempre se imagina, mas na
periferia dos centros urbanos.

Um ano atrás, o governo federal pôs em andamento uma operação para
localizar os chamados miseráveis invisíveis do Brasil – aquelas famílias que,
embora extremamente pobres, não estão sob o abrigo de programas sociais e de
transferência de renda, como o Bolsa Família. Na época, baseado em dados do
IBGE, o Ministério do Desenvolvimento Social estabeleceu como meta encontrar e
cadastrar 800 mil famílias até 2013. Na semana passada, porém, chegou à mesa da
ministra Tereza Campello, em Brasília, um número bem acima do esperado: só no
primeiro ano de busca foram localizadas 700 mil famílias em situação de extrema
pobreza e invisíveis.

Considerando apenas o chefe da família, isso corresponde à população de
João Pessoa (PB). Se for levada em conta toda a família, com a média de quatro
pessoas, é uma Salvador inteira que estava fora dos programas.

O resultado da operação, conhecida como busca ativa, também surpreende
pelas características dessa população: 40% das famílias invisíveis estão em
cidades com mais de 100 mil habitantes. Com o desdobramento e a análise das
estatísticas, é provável que se constate que a maioria dos miseráveis
invisíveis não estão nos grotões das regiões Norte e Nordeste, como quase
sempre se imagina, mas na periferia dos centros urbanos.

“Estamos falando de famílias extremamente pobres que até agora não
faziam parte do cadastro único do governo federal e por isso não eram vistas na
sua integridade, de acordo com suas necessidades e carências”, observa a
ministra Tereza Campelo. “Podiam ter filhos na escola, mas não tinham
acesso ao básico dos programas sociais, como o Bolsa Família, a tarifa social
de energia elétrica e outras ações.”

Para chegar a essas pessoas o ministério partiu do princípio de que, por
algum motivo, elas não conseguiam chegar aos serviços de assistência social das
prefeituras e pedir a inscrição no cadastro único. “Era preciso sair dos
escritórios. Mobilizamos prefeituras, agentes de saúde, empresas de
distribuição de energia elétrica”, conta Tereza. “As prefeituras estão
sendo remuneradas por esse trabalho.”