SSP desarticula a quarta quadrilha de assaltantes em três meses

Uma ação conjunta da Polícia Militar e da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) da Polícia Civil desarticulou uma quadrilha de sequestradores que agia na Região Metropolitana de São Luis. O bando é o quarto preso pelas forças policiais nos últimos três meses. De acordo com a polícia, a quadrilha é a segunda oriunda do estado do Mato Grosso que cometia ações criminosas no Maranhão.
O grupo foi apresentado pelo secretário de Segurança Pública, Aluisio Mendes, na manhã desta segunda-feira (27), no Auditório delegado Leofredo Ramos, na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), na Vila Palmeira, durante entrevista coletiva.
Segundo informações policiais, a quadrilha é acusada de sequestrar dois menores, na última quarta-feira (22). Eles são primos e foram mantidos reféns em uma casa localizada no Planalto Turu I. A localização dos criminosos foi possível após o pai de uma das vítimas acionar a polícia.
Aluísio Mendes explicou que a ação é prova dos trabalhos de repressão aos crimes realizados no estado. “Estamos desencadeando uma serie de ações que impedem a ação destes criminosos no Maranhão. Quando não os prendemos nas fronteiras do estado, conseguimos desarticular estes grupos dentro do estado. Essa foi mais um trabalho que logrou êxito e servirá de exemplo para outros criminosos que pretendem utilizar o Maranhão para realizar ações criminosas”, frisou.
A prisão dos sequestradores ocorreu em dois momentos distintos. Joel Pereira dos Santos, 39 anos já havia sido preso na operação Sapicuá, da Polícia Federal, em agosto do ano passado. Além desta, ele já havia sido preso em 2003 e 2007 por tráfico de drogas. Ivair Moreira de Oliveira, 46 anos, preso em 2009. Ele é acusado de envolvimento com tráfico de entorpecentes, ambos naturais do Mato Grosso. Raimundo Fábio Moreira Feitosa, 28 anos, morador da Rua 02, nº 19, Vila Itamar, foram presos pelo Serviço de Inteligência do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM) em uma Loja de Conveniência no bairro do São Cristóvão, no momento em que recebiam o dinheiro do resgate.
Após a prisão dos três envolvidos, a polícia se deslocou até o local do cativeiro, onde encontraram o quarto integrante do grupo. Juliano Salvaterra de Carvalho, 24 anos, natural de Cárceres (MT) era o responsável em realizar a guarda do garoto, enquanto seus comparsas pegavam o dinheiro do resgate. 
Durante a ação, os criminosos ainda chegaram a oferecer dinheiro para os policiais para que fossem liberados. O comandante geral da Polícia Militar, coronel Franklin Pacheco, comentou sobre a atitude dos militares. “O fato dos militares terem mantido a linha da honestidade e não terem aceitado o suborno de R$ 500 mil, mostra o comprimento da polícia com a sociedade”, comentou.
Investigações
Após ser preso, o grupo foi conduzido à Superintendência Estadual de Investigações (Seic) na Beira Mar, quando foram iniciadas as investigações. Em depoimento, o grupo afirmou que teria sido enviado a São Luis para cobrar uma divida no valor de R$ 500 mil referente à compra de uma caminhonete. 
De acordo com o delegado André Gossain, da Seic, responsável pelas investigações, existe inúmeras divergências no caso. “Estamos realizando diversos levantamentos para apurar todas as informações cedidas tanto pelos criminosos como pelas vítimas. Uma dessas divergências é em relação ao valor do resgate. Os criminosos falam que a quantia seria de R$ 500 mil e o pai de uma das vítimas, afirmou que eles pediram R$ 300 mil. Vamos apurar tudo para esclarecer o caso”, disse.
Ainda conforme o delegado, os sequestradores afirmaram que um homem identificado apenas como Gordo seria o proprietário da divida e que estaria cobrando o valor de Paulo Silva. Em relação à ligação do pai de uma das vítimas como os sequestradores, o delegado informou que em depoimento ele disse não conhecer nenhum dos criminosos. De acordo com Gossain, Paulo Silva já havia sido preso pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV).

   

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