Gigantes da alimentação estão no esquema desmontado pela Polícia Federal

As primeiras denúncias ocorreram há 7 anos, mas apenas há 2 anos a Polícia Federal começou a investigação que culminou hoje (17) na maior operação de sua história, batizada de “Carne Fraca”. Após interceptar conversas e documentos, a investigação desmascarou um esquema fraudulento envolvendo os maiores frigoríficos do país e funcionários do Ministério da Agricultura que deveriam realizar a vigilância sanitária dos produtos.

Segundo a PF, a JBS, dona das marcas Friboi, Seara e Big Frango e a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão estão entre as 30 empresas que estão na mira da operação por venderem carne podre, maquiada com ácido ascórbico, re-embalagem de produtos vencidos, carne vencida moída e prensada com papelão, linguiça feita com a cabeça do porco, etc. A fraude foi desde a carne bovina, de aves, produtos como salsicha, mortadela até ração animal.

O líder do esquema era o fiscal Daniel Gonçalves Filho, que foi superintendente do escritório do Ministério da Agricultura no Paraná entre os anos de 2007 e 2016. Eram destacados fiscais envolvidos no esquema, que recebiam propina, até em carnes nobres, para emitir certificados de qualidade sem qualquer inspeção sanitária.

A PF cumpriu 38 mandados de prisão entre funcionários do Ministério da Agricultura e executivos das empresas e mais 194 mandados de busca e apreensão. A operação destacou 1.100 policiais para os estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás e para o Distrito Federal.

Veja a lista de empresas investigadas:

 

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