Romário parte para o ataque e faz repórteres da Veja saírem do Facebook

Os perfis dos
jornalistas Thiago Prado e Leslie Leitão saíram do ar e a página de Lauro
Jardim recebeu centenas de críticas dos internautas. A repercussão aconteceu
depois que o senador fez questão de expor o nome dos responsáveis
pela matéria que teria utilizado um documento falso para afirmar que
ele possui R$ 7,5 milhões não declarados na Suíça


Por Fernando Brito, do Tijolaço

O senador e eternamente
marrento Romário tocou de lado para que seus eleitores chutassem.
Ontem, publicou no Facebook a pergunta “inocente”:
Alguém aí tem notícias dos
repórteres da revista Veja Thiago Prado e Leslie Leitão, que assinaram a
matéria afirmando que tenho R$ 7,5 milhões não declarados na Suíça? E do
diretor de redação Eurípedes Alcântara? Dos redatores-chefes Lauro Jardim,
Fábio Altman, Policarpo Junior e Thaís Oyama?
Gostaria que eles explicassem
como conseguiram este documento falso.
E tascou os links para as
páginas de Facebook dos indigitados, sem sugerir nada, porque era
desnecessário.
Foi uma avalanche de críticas e
ironias nas páginas cujos endereços eletrônicos foram fornecidos pelo
“baixinho”.
As de Thiago Prado e Leslie
Leitão saíram do ar. A página de Lauro Jardim,
que ainda funcionava hoje de manhã, tinha centenas de comentários que o
ridicularizavam.
Certo que alguns exageradamente
agressivos, mas a maioria indignados e irônicos:
E sobre o Romário Faria não vai falar
nada ou vai desativar o Facebook também?

Amigo, explica como arranjaram o documento falso do Romário por
gentileza? Abraço!

Quem foi o estelionatário que falsificou o documento da sua matéria
contra o Romário? Algum parceiro seu? Peixe!
É sobre o documento do Romário Faria?
Sendo falso pode citar a fonte, ou será que é falsa a noticia?
E um dos mais engraçados:
Tem um vizinho meu aqui que tá me
incomodando muito, já tivemos até algumas rusgas. Gostaria de saber quanto a
Veja cobra para publicar uma matéria dizendo que ele tá enriquecendo urânio na
casa dele?

A revista mantém o mais sepulcral silêncio desde que Romário contestou a
informação publicada.
Nada, nem uma palavra ou
explicação.
Se a revista confia no trabalho
dos seus repórteres e na autenticidade do que publica, é obvio que teria
respondido.
Eles próprios deveriam
exigi-lo. A redação inteira, aliás.
Se não descambar para a
agressão, o método “cobrança direta” estimulado por Romário talvez seja uma boa
lição.
Somos responsáveis pelo que
escrevemos e, se erramos, temos de reconhecer que erramos e porque o fizemos.
Disse ontem aqui que não há
“sigilo de fonte” quando se trata de uma falsificação para atingir a honra
alheia.
E mais: se temos o direito e o
dever de em nome da apuração jornalística publicar o que temos segurança de que
é verdadeiro, também temos o dever de suportar as consequências disso.
Romário tem o direito de reagir
e um argumento irrespondível para os que vierem com “punhos de renda”
politicamente corretos contra sua iniciativa de publicar os endereços onde seus
detratores tem de ler o que se leu acima.

Afinal, eles tem um império de
comunicação para responder e, 24 horas depois de apontada a farsa, não o
fizeram.

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