Por não engolir traição de Sarney, Dilma pretende passar cargos controlados por ele a seu vice Michel Temer

Michel Temer garante à presidente o apoio de pelo menos 20 deputados do PMDB – M

De acordo com informações do Jornal o Globo, para fortalecer a
posição do vice-presidente Michel Temer e acalmar o PMDB, a presidente Dilma
Rousseff pretende promover mudanças nos cargos de direção das estatais do setor
elétrico, como Furnas e Chesf. Segundo interlocutores palacianos, dirigentes indicados
pelo senador José Sarney (PMDB-AP), que encerra seu mandato em fevereiro, serão
trocados por indicados de Temer.
Traíra: Sarney confessou ter votado em Aécio
Neves deixando Dilma em maus lençóis
Além
do enfraquecimento político de Sarney, que sai de cena com a aposentadoria, o
governo não digeriu a suposta traição do senador ao votar no candidato da oposição
à Presidência, Aécio Neves (PSDB). Com as trocas, a expectativa é que o
Planalto terá o apoio incondicional de pelo menos 20 deputados, que são fiéis
ao vice-presidente. Nas contas do governo, 20 deputados do partido votam com a
oposição e o restante, de acordo com a conveniência.
INSATISFAÇÃO
COM LOBÃO

também insatisfação com a atuação do ministro Edison Lobão, ligado a Sarney, à
frente do Ministério de Minas e Energia. Lobão é citado por Paulo Roberto Costa
(ex-diretor de Abastecimento da Petrobras), que foi preso na Operação Lava-Jato
e participa do processo de delação premiada. O governo avalia que há um vácuo
na pasta, responsável pela supervisão da Petrobras e das subsidiárias da
Eletrobras.
Segundo
uma fonte, o Planalto se ressente da falta de apoio do ministro à presidente da
Petrobras, Graça Foster, nas ações internas para investigar as denúncias de
desvio de dinheiro e corrupção na estatal. O mesmo estaria acontecendo com o
presidente da Eletrobras, José da Costa, nas medidas para organizar as contas
da estatal e suas subsidiárias.
Por
isso, há uma torcida para que a ministra do Planejamento Miriam Belchior seja a
substituta de Lobão por comandar o PAC, turbinado pelos investimentos do setor
elétrico. Mas, ela deve assumir mesmo a presidência da Caixa Econômica Federal.
Segundo uma fonte, a presidente é pragmática e deverá indicar para o ministério
alguém que possa reforçar a base aliada no Congresso.
Ontem,
caciques do PMDB avisavam que é preciso que Dilma resolva os problemas
políticos rapidamente ou a proposta de alteração do superávit não será votada
novamente.

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