Edison lobão questiona a existência de provas sobre seu suposto envolvimento no esquema da Lava Jato

Cadê a prova? Eu não tive acesso e ninguém teve. Portanto,
só posso responder àquilo que for objetivo. Antecipadamente, já disse que não
tenho nada a ver com essas coisas
“.
Assim
questionou nesta quarta-feira (25), o ministro de Minas e Energia, Edison lobão
(PMDB-MA), sobre seu suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.
Em relação às notícias de que o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa teria
citado o nome do ministro, Lobão disse que “apenas uma revista disse que o
executivo havia citado 40 nomes”, em referência à Veja.
O
ministro teve o seu nome mencionado na delação premiada como um dos supostos beneficiários do esquema de
desvios de recursos e lavagem de dinheiro investigado pela PF na operação Lava
Jato dinheiro.
Segundo
a Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), o esquema consistiu em lavagem
de dinheiro e desvios de recursos públicos envolvendo a políticos, empreiteiras
e a Petrobras. Cerca de R$ 10 bilhões teriam sido desviados dos cofres
públicos. Ao todo, 25 envolvidos no esquema foram presos – 11 foram colocados
em liberdade.
As
investigações apontaram que várias empreiteiras fizeram parte do esquema:
Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Construtora Queiroz Galvão, Engevix, Galvão
Engenharia, Iesa, Iesa Óleo e Gás, Mendes Junior, OAS, Odebrecht e UTC. As
empreiteiras pagavam propina em troca de benefícios em contratos com a
Petrobras. Os recursos abasteciam, principalmente, PT, PMDB e PP. Partidos como
PSB e PSDB também foram beneficiados.
O
peemedebista afirmou esperar que as investigações sobre o esquema de corrupção
na Petrobras não afete os investimentos no País, especialmente no pré-sal. De
acordo com o peemedebista, “há um plano de aplicação de recursos da
Petrobras que, se espera, seja cumprido em benefício da própria Petrobras e do
país. Temos que explorar o pré-sal”.
“Os
investimentos estão sendo feitos e eu tenho esperança de que isso (as
investigações da Polícia Federal) não afete os interesses legítimos e
superiores da empresa”, disse o ministro, durante solenidade em
comemoração aos 20 anos de criação do selo Procel de eficiência energética, no
Rio.
Para
Lobão, o esquema de corrupção na Petrobras aconteceu à revelia da atual direção
da estatal. O ministro disse que a empresa “passa por intensas
fiscalizações, por auditorias internas, independentes, o Tribunal de Contas da
União (TCU) que anualmente envia à Petrobras milhares de pedidos de
informações”.
“O
que está acontecendo é uma coisa à revelia da direção da empresa atual e até
acima dessa fiscalização. Agora, a avaliação está sendo feita, é profunda e
vamos esperar a conclusão”, complementou.

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