Mulher que matou pais adotivos em Timon é condenada a mais de 33 anos de prisão

Lineusa de Oliveira
Em
sessão do Tribunal do Júri, realizada na cidade de Timon (a 425km de São Luís),
o Ministério Público do Maranhão conseguiu a condenação de Lineusa de Oliveira
e Silva por homicídio qualificado. A ré foi sentenciada à pena de 33 anos e 4
meses de reclusão, a ser cumprida em regime fechado.

De
acordo com os autos, Lineusa de Oliveira e Silva assassinou seus pais adotivos,
Lourival Rodrigues da Silva e Joana Borges de Oliveira. O crime foi motivado
por um desentendimento entre o pai adotivo e a ré, que utilizou um machado e um
cabo de facão para matar as vítimas.

O
Conselho de Sentença acolheu a tese defendida pelo titular da 2ª Promotoria de
Justiça Criminal de Timon, Fernando Antonio Berniz Aragão, qual seja, homicídio
com três qualificadoras (motivo fútil, cruel e recurso que impossibilitou a
defesa das vítimas).
Relembre
o caso:

O
crime ocorreu em 2010, frequentadora
de uma igreja evangélica, Lineusa Rodrigues da Silva, de 24 anos, matou os pais
como uma machadinha porque eles não deram o dinheiro do dízimo. O crime chocou
a cidade de Timon, no Maranhão.

O
inferno é mesmo pavimentado com boas intenções. De tanto que queria pagar o
dízimo à sua igreja, Lineusa matou os pais adotivos a golpes de machadada.
Joana Borges da Silva, 104 anos, que mal se levantava da cama, e Lourival
Rodrigues da Silva, 84, tiveram as mãos esquartejadas com um serrote e foram
seguidamente golpeados com um pedaço de pau.

A
ré foi encontrada pela polícia depois de receber ligações dos vizinhos que
ouviram barulhos estranhos durante a noite. Ela confessou o crime e relatou os
detalhes dos assassinatos. A delegada da Central de Flagrantes de Timon, Wládia
Holanda da Silva, disse na época que os corpos ficaram totalmente
irreconhecíveis. “Em toda a minha experiência como delegada nunca tinha visto
nada parecido”, disse ela ao MeioNorte.com.

Lineusa
acumulou dívidas de dízimo junto ao pastor da igreja que frequentava, e
justificou os assassinatos pela religião. “Eu fiz por Deus”, disse a estudante,
que chegou a se ajoelhar na delegacia.

Adotada
com cinco meses pelo casal, Lineusa vinha discutindo com os pais adotivos há
algum tempo, segundo informou a filha do casal assassinado, Francisca Oliveira
da Cruz. Ela também contou que Lineusa tem histórico de problemas mentais.

Não
dá para saber quem fez pior, a assassina, que foi levada a cometer um crime em
nome do fanatismo religioso, ou do pastor que, sabendo da condição da jovem,
fazia qualquer tipo de cobrança.

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