CPI dos combustíveis: Promotor diz que há “provas concretas” de cartel em São Luís

O depoimento foi tomado pelos deputados que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Othelino Neto (presidente), Jota Pinto, Francisca Primo e Manoel Ribeiro.
Em
depoimento sobre investigação  para apurar suspeitas de formação de
cartel por donos de posto de combustíveis em São Luís, o promotor José Osmar
Alves (Defesa da Ordem Tributária e Econômica), disse na terça-feira (27), que
há “fortes indícios” da prática do crime. Para ele,
empresas envolvidas nesse tipo de delito devem ser consideradas “organizações
criminosas”.
O
promotor relatou que em 2011 foram feitas investigações que detectaram formação
de cartel na capital e garantiu que há “provas concretas” sobre o mesmo tipo de
operação no momento na capital.
José
Osmar contou que dez pessoas envolvidas com o cartel foram denunciadas à
Justiça, sendo que oito fizeram acordos e receberam penas alternativas. Já duas
recorreram contra a decisão.
De
acordo com o promotor, as investigações mostraram que havia cinco corredores de
preços fixados pelos donos de postos. Através de escuta telefônica, o promotor
disse que conseguiu detectar até ameaças de morte contra quem vendia por menor
preço e confissões de colocação de água na gasolina.
“Concluímos
que havia acordo de preços entre alguns concorrentes. Acredito que o mesmo está
acontecendo nesse momento em São Luís”, afirmou José Osmar Alves.
Além
disso, contou que atualmente o cartel atua de forma mais forte porque não
existem mais cinco corredores de preços, resumindo-se a quase um preço só, com
diferenças de alguns centavos.
O
promotor assegurou que hoje “o lucro é exorbitante e estrondoso”, de R$ 0,50
centavos. Revelou também que em Teresina, cujo combustível vai do Maranhão, o
preço do litro de gasolina é de R$ 2,69, enquanto em Barreirinhas chega a R$
3,24.
 
 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *