Flávio Dino defende medidas para baixar preço das passagens

O presidente da
Embratur, que é pré-candidato ao Governo do Maranhão em 2014, foi ao Senado
para defender a abertura do mercado aéreo para que empresas de outros países
possam operar também no Brasil. Na audiência pública, ele criticou com
veemência o monopólio de quatro grandes empresas no setor, que impõem altos
preços nas passagens aéreas no Brasil.

No mês passado,
após alerta de Flávio Dino, o Governo Federal instalou o Comitê
Interministerial para acompanhar o preço das passagens aéreas e a qualidade dos
serviços prestados ao turista no Brasil.

Na reunião, as ideias de Dino foram avalizadas pelos senadores que fazem parte da
Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Recentemente,
Flávio Dino informou que começa a se preparar para deixar o Governo Federal e
se dedicar integralmente à disputa eleitoral de 2014. À frente em todas as
pesquisas de intenção de voto, Dino vai pedir exoneração à presidenta para
voltar ao Estado.

“Planejando
a volta ao Maranhão, Dino já organizou toda a estrutura da Embratur para que
haja sucesso total na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2016. Para o
ano que vem, já foram abertos editais e licitações necessárias para a
continuidade do trabalho da Embratur com todos os êxitos colhidos por Dino em
dois anos como gestor”, informa sua assessoria de comunicação.

Chamamento ao
bom senso

O preço das
passagens aéreas no Brasil aumentou 131,5% acima da inflação desde 2005,
conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo Flávio Dino, o desequilíbrio entre demanda e oferta e o aquecimento do
mercado faz com que haja práticas comerciais abusivas – que ficam mais
evidentes no caso das festas de fim de ano e agora da Copa do Mundo do ano que
vem -, sendo verificados aumentos de até 1000% no preço das passagens.

“Não temos
nenhum fator econômico objetivo no que se refere a custo ou tributação que
justifique esse aumento, que é obviamente abusivo”, acrescentou.

Segundo Dino, se as quatro empresas que operam no Brasil – TAM, Gol,
Azul e Avianca – não atenderem ao “chamado do bom senso”, é possível que haja
mudanças na regulação do setor, inclusive acabando com a chamada liberdade
tarifária.

“A liberdade
tarifária não é um dogma, pode ser revista a qualquer tempo. Esse seria um
caminho, voltar a praticar uma administração de preços como já foi feito no
passado”, explicou.

Outra medida
para reduzir o preço das passagens no país seria ampliar a oferta mediante a
abertura do mercado para empresas estrangeiras fazerem voos domésticos no
Brasil. “Se as empresas atuais não conseguirem ter práticas adequadas e
oferecer bons serviços a preços justos, o mercado brasileiro é altamente atrativo
para outras empresas”.

Segundo ele, não
é válido o argumento de que essa prática levaria a uma desnacionalização do
setor, porque as empresas atuais também já não são totalmente nacionais. Para
essa mudança, seria preciso alterar o Código Brasileiro Aeronáutico.

 

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