Deputada Cleide denuncia caos no sistema penitenciário do Maranhão

Cleide Coutinho
A deputada Cleide Coutinho (PSB) ocupou a
tribuna da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (29), para destacar a
audiência pública realizada no dia 27, no Plenarinho, atendendo solicitação do Sindicato dos
Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão, com o objetivo de discutir o
Sistema Penitenciário. 

Na audiência, Cleide soube, por meio do
Sindicato dos Agentes Penitenciários, que no Maranhão existem em torno de 357
agentes penitenciários e somente 41 estão em São Luís. O Sindicato revelou
ainda que o Governo do Estado contratou, através de uma Empresa Terceirizada,
1.000 Monitores para trabalhar na penitenciária, sem experiência e nem
treinamento e que recebem R$ 700,00 por mês, cumprindo uma escala de trabalho
de 24 por 48 horas.  

Para Cleide, o mais preocupante é que em 2014 a
maioria dos concursados estarão se aposentando, o que provocará o agravamento
do caos no Sistema Penitenciário, porque o Governo do Estado não fala na
realização de novo concurso público. “São mais de 5.500 presos para apenas
3.200 vagas. O que vemos na televisão são pessoas acumuladas na Penitenciária,
sem nenhum critério”, lamenta.

A parlamentar comentou outra reclamação dos
Agentes Penitenciários, que é o fato da sociedade encará-los como culpados pelo
caos do Sistema Penitenciário. “Na verdade, os agentes são pobres servidores
públicos, mal remunerados, sem condições de trabalho e alguns sem capacitação e
que são os responsáveis pela supervisão de centenas de detentos que vivem em
condições desumanas. Os agentes penitenciários merecem nosso respeito e a
nossa consideração”, disse.  
No final da audiência, Cleide revelou que os
deputados decidiram tomar medidas imediatas para tentar resolver os vários
problemas. Segundo ela, por meio da Assembleia Legislativa, será solicitado o
contrato da empresa terceirizada que empregou os monitores. Também será
solicitada a realização imediata de um concurso público para contratação de
novos Agentes Penitenciários. Pediu ainda que todos os setores da sociedade
dessem também sua contribuição, oferecendo vagas nas respectivas empresas para
os presos que legalmente possam ocupá-las. Concluiu dizendo que “a
Assembleia cumpre seu papel, trabalhando, discutindo e procurando soluções para
os problemas que afligem nosso povo”.    

 

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