Paralisação Nacional: Bancários entram em greve por tempo indeterminado

Principal impasse nas negociações com os bancos foi o percentual de reajuste: os trabalhadores pediram 12,8%, enquanto os patrões ofereceram 8%
Os bancários deflagraram greve nacional por tempo indeterminado, a partir desta terça-feira (27), com o objetivo de pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a retomar as negociações e apresentar uma proposta que atenda às reivindicações da categoria. A paralisação atingirá bancos públicos e privados.
Segundo comunicado enviado à imprensa, a decisão foi tomada em assembleias realizadas na noite desta segunda-feira (22) pelos Sindicatos dos Bancários de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Campo Grande, Mato Grosso, Paraíba, Alagoas, Ceará, Piauí, Espírito Santo, Campinas, Piracicaba, Juiz de Fora, Dourados e Vitória da Conquista, entre outros, conforme levantamento feito até as 20h30 da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que coordena o Comando Nacional dos Bancários.
Conforme orientação do Comando Nacional, a categoria recusou a proposta de 8% de reajuste, feita pela Fenaban, durante a quinta rodada de negociações, na última sexta-feira, dia 23, em São Paulo. “Isso significa apenas 0,56% de aumento real, continuando distante da reivindicação de 12,8% de reajuste (5% de ganho real mais a inflação do período)”, afirma o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro.
“Esperamos que a força da greve faça com que os bancos apresentem uma proposta que garanta emprego decente aos bancários. Com lucros acima de R$ 27,4 bilhões obtidos somente no primeiro semestre deste ano, os bancos possuem todas as condições de atender as reivindicações da categoria, de modo a valorizar o trabalhador, distribuir renda, reduzir desigualdades e contribuir para o desenvolvimento do país”, disse Cordeiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *