Roger Agnelli deixa comando da Vale em Abril

Roger Agnelli era endeusado por Lula, citado a todo o momento pelo ex-presidente como exemplo de empresário a ser seguido.

Até que, no final de 2008, Agnelli anunciou o afastamento de 1.300 funcionários, tornando-se a primeira empresa a fazer demissões para enfrentar a crise global.

O curioso é que, naquele mesmo dia, Lula estava recebendo um prêmio em São Paulo e, em seu discurso, mais uma vez tinha citado Agnelli como exemplo de empresário por não demitir ninguém, apesar da crise.

Lula chegou a dizer que Agnelli tinha telefonado para ele para dizer que iria investir na empresa, contratar e não demitir. Imagine o tamanho da decepção de Lula quando soube do corte da Vale.
Desde então, nunca mais Agnelli conseguiu recuperar seu prestígio no Planalto, apesar de todo o esforço que ele fez para se reaproximar de Lula.
Quase ao mesmo tempo, Agnelli conseguiu desagradar outro importante personagem do governo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao ter demitido Demian Fiocca da diretoria da Vale. Fiocca era muito próximo a Mantega.
No ano passado, Agnelli também incomodou bastante o PT e Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral quando ele fez críticas duras ao partido.
O governo chegou a pensar em tirá-lo mais cedo, mas decidiu esperar mais um pouco até achar um nome ideal que o substitua para não atrapalhar o desempenho da Vale.
Nesta semana, já convencido de que não sobreviveria na Vale, Agnelli tentou fazer seu sucessor. Ele quis indicar José Carlos Martins, que ocupa uma diretoria na mineradora, mas não deve ser ele que irá se sentar na cadeira de Agnelli.

 Fonte: Portal IG

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *